06 outubro 2008

31 weeks later


tempus fugit
Vou-me tentar redimir.

15 março 2008

Guitarras Variáveis VI














O projecto "Guitarras Variáveis" voltou aos concertos, desta feita no auditório do Museu Nogueira da Silva, em Braga.

Convidados nesta edição:
Tó Trips (Dead Combo)
Shinjiro Yamagushi (Two Lines)
André Gonçalves (OkSuitcase)
Pedro Almeida (paL, aCUR)


Cliente: Projecto Guitarras Variáveis

14 março 2008

Industrial Disease II





















Quis regressar com um dos temas que mais me apaixona na fotografia: As estruturas industriais abandonadas.

Desta feita, este é o resultado de uma sessão feita em Novembro, no concelho de Santo Tirso, numa das muitas empresas de têxtil que não sobreviveram à crise do sector.

A têxteis ATMA, laborou durante dezenas de anos, dando trabalho a mais de duas centenas de trabalhadores e tem umas instalações que são grandes sem serem gigantescas, mas que foram esventradas e despojadas daquilo que outrora protegeram. Sem nada para as proteger a elas. E isso torna o espaço imponente e sólido por um lado, mas leve, frágil e etéreo por outro.

Pelo cenário que nos envolve poderia pensar-se que passara uma ou duas dezenas de anos desde que o ultimo fio saiu pelas portas da têxtil. Na verdade há apenas 3 anos, este gigante tinha outra cor, outra energia, outro fôlego, ainda que nessa altura o gigante estivesse já ferido de morte.

A empresa faliu em 2005, com avultadas dívidas à segurança social, que é de resto a entidade que tem à venda as antigas instalações da empresa. As dívidas ao estado ultrapassam neste caso os 3 milhões de euros, sendo que o imóvel está à venda com uma base de licitação de 2.244.350,00 euros.

É difícil descrever em poucas palavras a avalanche de estímulos que me invadem sempre que visito uma destas estruturas. Mas destaco talvez o silêncio sepulcral, no lugar da lufa lufa da actividade fabril. Curioso é também a forma como o valor das coisas é vincadamente notório: Tudo o que era maquinaria, matéria prima, equipamento de escritório e instalação eléctrica desapareceu. Ficaram no entanto as fichas de produção, os restos do refeitório, os gráficos pintados a lápis de cor com a produção por sectores e um sem número de pequenos objectos que fazem lembrar o lado humano que agora desapareceu.

Não pude deixar de sorrir ao comparar os balneários separados, especialmente na forma como repousam agora. Do lado masculino imperava o caos: Portas forradas a autocolantes divertidos, obscenos ou com mensagens de sindicalismo. Roupa espalhada, pequenos objectos indiferenciados caídos, sapatos desencontrados do seu par... Deduzo que não tenham tido interesse em levar para casa as fardas de trabalho no último dia do resto das suas vidas e ficariam esses objectos à mercê dos vândalos que entretanto foram degradando as instalações.

Já do lado feminino o cenário era bem diferente. Os cacifos, apesar de remexidos, apresentavam-se vazios, bem estimados, praticamente sem autocolantes ou adereços e nada, além do pó, povoava o chão.

Aqui e ali, pequenas histórias, pequenas ironias, pequenos detalhes do quotidiano que já não mais existe.

Como sempre, o cenário faz mexer algumas engrenagens cá dentro, levanta dezenas de perguntas e quase que nunca revela as respostas.

A simplicidade dos pavilhões industriais que agora proliferam , contrasta com o carisma e complexidade das instalações com mais anos. Passagens, corredores, escadas, entranhas e catacumbas, túneis e condutas, invólucros criados à imagem da maquinaria, não formatados mas sim adaptados.

Ficou muito por ver, alguma coisa por explorar e o constante desejo de voltar, para ver o mesmo com outros olhos, para contar a história do que ficou para trás...

13 março 2008

The Eagle Has Landed


Depois de longos meses de ausência, voltei.

E como prometido, de cara lavada.